Há coisas...
Superstição e futebol andam juntos há tempos. No lendário Botafogo de Garrincha e Nilton Santos, o folclórico presidente Carlito Rocha criou uma série de mandingas. Em toda partida do Glorioso, as cortinas da sede do clube, em General Severiano, deveriam estar amarradas. Além disso, o Fogão só entrava em campo junto do cachorro Biriba, do zagueiro Macaé. Por estas e outras que o jornalista Armando Nogueira cunhou a célebre frase: “Há coisas que no universo só acontecem ao Botafogo.”
Mês passado, antes da partida contra o Vasco, torcedores do Tricolor despejaram fardos de sal grosso nos portões do Morumbi. A mandinga contribuiu, e o São Paulo venceu o cruzmaltino pela contagem mínima.
O técnico Cuca, atualmente no Palmeiras, usou durante toda a campanha vitoriosa do Atlético- MG na Libertadores de 2013 uma camiseta com a imagem de Nossa Senhora. Já no Brasileiro de 2016, o treinador imortalizou a conquista do Verdão ao usar uma calça de veludo vinho.
A impressionante campanha do Corinthians tem um componente que pouca gente deu conta. Quem cantou a pedra foi o competente repórter-fotográfico do Agora, Robson Ventura. Corintiano até a medula, Ventura lembrou que desde que passou usar a nova camisa, com a espada de são Jorge no peito, o Corinthians não sabe o que é perder. A última derrota do alvinegro foi em março, contra a Ferroviária. Ventura não esconde o sorriso com a campanha do Timão, mas está chateado. Teve a carteira furtada. A perda dos documentos e cartões não foram problema. Mas o santinho de são Jorge, que o acompanhava há mais de vinte anos...