Agora

Falta alma ao Palmeiras

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Não é hora de chutar cachorro morto. A eliminação do Palmeiras da Libertador­es, depois das quedas no Paulistão e na Copa do Brasil, além de uma colocação no Brasileiro que não sugere briga por título, deixa lições a serem aprendidas. A principal delas é que dinheiro, embora seja importante, não garante o sucesso. O fiasco no ano também expõe alguns erros de planejamen­to, mas o pior dos enganos seria haver uma caça às bruxas.

É preciso, antes de mais nada, saber perder. A espetacula­r arrancada do Corinthian­s para a sequência de conquistas em 2011 e 2012, que incluiu Brasileiro, Libertador­es e Mundial, aconteceu a partir da manutenção de Tite após a traumática eliminação para o Tolima.

O Palmeiras precisa seguir nessa linha, pois tem todas as condições de projetar, desde já, um 2018 vitorioso. Só não pode cair na tentação fá- cil de eleger culpados e impor a cultura do ódio. Egídio, Bruno Henrique, Borja e todos os demais merecem respeito. Que não se tenha a covardia da diretoria do São Paulo, por exemplo, que fez de Cícero um bode expiatório para encobrir a própria incompetên­cia.

O caso de Felipe Melo é outro. Seria um erro resgatar o Pit Bull que só late, rosna e divide o grupo. Parte da torcida supervalor­izava seu peso no elenco. Ele deve estar festejando o fracasso do time, à espera do enfraqueci­mento de Cuca. Que ninguém caia na armadilha.

Mais do que grana e grife, um time campeão precisa ter alma. Foi o que Jô deu ao Corinthian­s ao voltar para renascer no ninho. E o que Gabriel Jesus conferia ao Palmeiras no ano passado. Essa ligação com as raízes não tem preço. Assim como o patrocinad­or rico não pode dar mais orgulho do que o próprio clube.

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