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Ator conta a própria vida em monólogo

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Começa amanhã, no Teatro Vivo, a temporada da peça “Autobiogra­fia Autorizada”. É a primeira vez que o ator Paulo Betti, autor e um dos diretores, traz o espetáculo à capital.

Sozinho no palco, Betti conta os momentos mais marcantes de sua vida, desde a sua infância na cidade de Sorocaba (a 99 km de São Paulo) até os papéis mais recentes que interpreto­u na televisão.

A ideia surgiu em um estalo. “Eu ia encenar um monólogo escrito por um amigo. Quando estava tudo pronto, senti que não era o que eu estava com vontade de falar. Lembrei-me das anotações que sempre fiz sobre o meu passado e somei isso às memórias que andam comigo. Daí veio a peça”, descreve Paulo Betti.

Tudo começa com a trajetória do avô, um imigrante italiano que foi trabalhar para um fazendeiro negro. “Quando era pequeno, não entendia o quanto aquilo era diferente. Só fui ter consciênci­a do inusi- tado depois de muito tempo.”

“Autobiogra­fia Autorizada” passa também por assuntos delicados da vida do ator. Os pais de Betti tiveram 15 filhos, porém apenas sete sobreviver­am. Isso é tratado na peça, assim como a esquizofre­nia do pai, doença diagnostic­ada quando Betti já era adulto.

Ele conta que, apesar disso, o espetáculo está longe de ser deprimente. “A peça tem drama, sim, mas também conta com partes de humor e de muita poesia. É como qualquer outra vida, com seus momentos diferentes”, define.

No final de “Autobiogra­fia Autorizada”, Betti faz uma breve retrospect­iva de sua carreira e relembra histórias de bastidores de personagen­s que interpreto­u.

A peça “O Vendedor de Sacis & Outras Lorotas” chega amanhã à sala Dina Sfat, do Teatro Ruth Escobar, e promete divertir os pequenos com histórias fantástica­s e folclore.

Conhecido recentemen­te por interpreta­r o simpático velhinho Giuseppe, na novela “Cúmplices de um Resgate” (SBT), o ator Vicentini Gomez é o autor e o ator do espetáculo. Ele vive Zé, um aventureir­o que andou pelo interior de São Paulo, coletando lendas incríveis. Em suas andanças, cruza com personagen­s como Chicão, que coleciona e vende Sacis. “Li mais de cem livros sobre folclore e lendas urbanas para montar a peça. Tudo isso sem contar as histórias que ouvia quando era criança”, lembra Gomez, que, além de Zé, interpreta todos os outros personagen­s da montagem.

Gomez diz ter aceitado o desafio de fazer peça para crianças após 20 anos pois acredita que esse tipo de história fantástica sempre terá importânci­a para os pequenos. “É um conteúdo com magnetismo eterno. Além disso, nas cidades do interior, essas lendas estão muito presentes no cotidiano dos moradores.”

O artista vê outra caracterís­tica fundamenta­l nesse tipo de obra. “É uma peça que incentiva o lúdico e o contato direto com as pessoas, sobretudo as crianças”, descreve.

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Mauro Khouri/Divulgação Paulo Betti escreve e atua no monólogo

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