Temer congelará salário de policial e perito do INSS
Para conter gastos, governo não dará reajuste no ano que vem e deve limitar grana de benefícios
Com a revisão da meta de gastos deste ano e de 2018 praticamente definida, a equipe econômica do governo Temer prepara medidas para cortar despesas e aumentar receitas. Entre elas está o congelamento de salários de servidores em 2018, o que deve levar a uma economia de R$ 9,8 bilhões.
Serão atingidos professores, militares, policiais, auditores da Receita Federal, peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), diplomatas, oficiais de chancelaria e carreiras jurídicas. Outras categorias ainda poderão ser incluídas.
Além disso, o salário inicial dos novos funcionários públicos federais ficará restrito a R$ 5.000 e haverá corte de benefícios como auxílio-moradia e ajuda de custo em casos de transferência.
Em nota, o Sindifisco Nacional (sindicato dos auditores fiscais da Receita) desaprovou a decisão do governo.
“As entidades reafirmaram que não aceitarão pagar uma conta que já tem sido cobrada, por diversas vias, de todo o funcionalismo público”, diz o sindicato. Segundo o órgão, se houver congelamento, eles poderão ir à Justiça.
Em 2016, o governo tentou congelar salários de servidores municipais e estaduais, no projeto de lei sobre a renegociação das dívidas de Estados e municípios, mas a medida foi rejeitada.