São Paulo registra um roubo a 3300 sseegguunnddooss
Houve ligeira alta nos números de crimes patrimoniais em todo Estado. É o décimo aumento desde 2002.
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São Paulo registra crimes contra o patrimônio a cada 30 segundos no Estado, de acordo com dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública), referente aos seis primeiros meses deste ano.
Entram nessa conta furtos, roubos e latrocínios (roubos com morte). De carro a celular, incluindo roubos a banco e roubos de carga. Todos os crimes, enfim, que envolvem algum bem de valor.
Em números absolutos, foram 512.459 registros. A elevação em relação ao primeiro semestre do ano passado é pequena (0,3%), mas é a 10ª vez que se registra alta no Estado desde 2002, numa comparação entre os seis primeiros meses de cada ano.
Vítima de roubo em fevereiro passado, a empresária Gabriela Almeida, 46, decidiu participar de um protesto contra o aumento da violência no Real Parque (zona oeste de São Paulo).
Ela se programou com antecedência, mas não conse- guiu chegar ao ato, num sábado de julho. Naquele mesmo dia e horário, Gabriela precisou atender a uma urgência: socorrer o pai, vítima de roubo em sua casa no City Butantã, na mesma região.
“Eu estava a caminho do protesto quando meu pai me ligou dizendo que havia acabado de ser assaltado na casa dele. Fui socorrê-lo. Tinham sido amarrados”.
A experiência da família de Gabriela, classificada por ela como “desesperadora”, é exemplo da epidemia de crimes patrimoniais vivida pela população de São Paulo.
O patamar desses crimes patrimoniais apresentou um salto de quase 70 mil registros em 15 anos no Estado, sob o comando do PSDB desde 1995 e atualmente sob a gestão de Geraldo Alckmin.
Mais do que simples contabilidades, os dados indicam também que esse tipo de crime mantém tendência de alta a despeito de mudanças de hábitos da população para escapar dos bandidos e, também, de seguidas trocas no comando da SSP do Estado. O atual secretário, Mágino Alves Barbosa Filho, está no cargo desde maio de 2016.