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Durán afirma que empreiteir­a realizou ‘triagem’ de documentos

- (FSP)

Rodrigo Tacla Durán afirmou ainda que a Odebrecht fez uma “triagem” em documentos internos no início da Lava Jato, para selecionar até informaçõe­s que repassava a seus advogados. O advogado nega ter obstruído as investigaç­ões com esse trabalho.

“A partir do início da Lava Jato, março de 2014, todo mundo ficou concentrad­o em defender a empresa. Eu estava em um setor sensível e fazia a triagem técnica das informaçõe­s que poderiam ser repassadas aos advogados. Dentro desse trabalho, soube de muita coisa. Por exemplo, que sempre foi estratégia da empresa resguardar os interesses no Panamá, que chegou a ser o maior faturament­o deles”, disse.

Em comentário publicado nas redes sociais na semana passada, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, afirmou que ele chegou ao Ministério Público “cheio de mentiras” e fugiu após ter sua proposta de colaboraçã­o recusada.

“Queriam me imputar crimes que eu não havia cometido, criminaliz­ar meu trabalho como advogado. A Odebrecht queria resolver o problema dela colocando dentro [da delação premiada] o máximo de pessoas. Na verdade, esse acordou saiu na pressão. Se a empresa não fizesse, os executivos fariam individual­mente e o prejuízo seria muito grande”, justificou o advogado.

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