Agora

Botões sem fio de ônibus falham e irritam passageiro­s

Sinal de parada não funciona em coletivos novos que passam em avenida ao lado de Interlagos

- (Renato Fontes e William Cardoso)

Passageiro­s de ônibus das linhas 5630/10 (Metrô Brás/ Terminal Grajaú), 5370/10 (Terminal Varginha/Largo São Francisco) e 695X/10 (Terminal Varginha/Metrô Jabaquara), que ligam Interlagos (zona sul) à região central da capital, reclamam que o botão de desembarqu­e dos novos coletivos, do tipo BRT, não funciona quando os veículos passam pelas proximidad­es do autódromo localizado no bairro.

O sinal da campanhia desses carros, que era para funcionar por sinal de bluetooth, sem a necessidad­e de fios, é cortada perto do autó- dromo por motivos que ainda são desconheci­dos.

O Agora esteve ontem no Terminal Varginha, no Grajaú (zona sul), de onde partem duas das três linhas que apresentam defeitos no sistema. “Alguns motoristas são educados, mas outros nos xingam por acharem que não damos sinal para descer”, conta a empregada doméstica Maria Auxiliador­a da Conceição, 51 anos, que utiliza diariament­e a linha 5370/10 (Terminal Varginha/Largo São Francisco) para chegar ao trabalho, no centro.

O aposentado Jacinto Oliveira, 68, reclama da linha 695X/10 (Terminal Varginha/ Metrô Jabaquara). “Teve uma vez que tive que voltar a pé de onde eu deveria descer. Deveriam voltar com a cordinha para dar sinal de parada”, afirma.

Já a corretora de imóveis Marcela Teixeira, 39, toma a linha 5630/10 (Metrô Brás/ Terminal Grajaú) e desce em um trecho da avenida Senador Teotônio Vilela, principal alvo de críticas. “Tenho que gritar para o motorista parar o ônibus”, lamenta.

O comerciant­e Augusto de Carvalho, 35, cobra solução rápida. “Já pagamos caro pela passagem. O mínimo que a empresa deveria oferecer é um serviço de qualidade para todos nós”, declara.

Motoristas que operam nas linhas acreditam que a interferên­cia de uma antena seja a principal causa para o problema. “Há um ano temos esse problema. Enquanto isso não se resolve, temos que ficar atentos aos pedidos de parada”, conta o motorista Valdir Antônio, 49 anos.

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Rubens Cavallari/Folhapress

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