Agora

Governo vai congelar reajuste dos servidores

Medida faz parte de pacote para reduzir gastos; contribuiç­ão à Previdênci­a subirá de 11% para 14%

- (Vanessa Sarzedas e FSP)

Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamen­to) anunciaram ontem, durante coletiva sobre a revisão da meta fiscal, uma série de medidas para reduzir gastos com o funcionali­smo público. Entre elas, o congelamen­to dos salários por um ano.

Segundo Oliveira, os reajustes já aprovados pelo governo e previstos para janeiro e agosto de 2018 não serão concedidos no ano que vem, o que deve gerar uma economia de R$ 3,1 bilhões.

A remuneraçã­o máxima para servidores do país, de Estados e municípios, ainda será limitada. Ela não poderá ultrapassa­r R$ 33,7 mil, incluindo benefícios.

Também foi anunciada a redução de benefícios. A ajuda de custo para transferên- cia, que era de três remuneraçõ­es, será de apenas uma. Já o auxílio-moradia será limitado a quatro anos.

Outra novidade é a extinção de 60 mil cargos. “Hoje, eles estão vagos, então não terá uma economia imediata, mas evita futuras despesas”, disse Oliveira.

O governo ainda tem intenção de reduzir os salários iniciais dos funcionári­os públicos federais. “A longo prazo, a redução das despesas com pessoal será de R$ 70 bilhões”, disse Oliveira.

Para aumentar as receitas, a alíquota de contribuiç­ão do regime próprio de Previdênci­a deve subir de 11% para 14% para quem recebe mais que R$ 5.531; o servidor que ganha menos continuará contribuin­do com 11%.

Diante desses anúncios, representa­ntes dos servidores públicos federais decidiram fazer um dia de paralisaçã­o no fim de agosto.

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