Mata-mata está matando o previsível Brasileiro de tédio
É devagar, é devagar, devagarinho... Alô, povão, agora é fé! O virtual título brasileiro do Corinthians é, óbvio ululante, muito, mas muito mais importante do que a Copa do Brasil. Nem Flamengo, nem Botafogo, nem Grêmio, nem Cruzeiro, que estão vivos no matamata nacional, são capazes de discordar de que, hierarquicamente, o Campeonato Brasileiro tem mais peso do que a Copa.
Dito isso, no Brasileirão, Grêmio (2º), Santos (3º) e Palmeiras (4º), só para ficarmos entre os três perseguidores imediatos do Timão, já jogaram pontos no lixo ao atuarem com times mistos, reservas ou até, no caso do Grêmio, reservas dos reservas! Na metade de cima da tabela, apenas o Sport (5º) não menosprezou, até agora, o Brasileiro. Atlético-PR (6º), Flamengo (7º), Botafogo (8º), Cruzeiro (9º) e Fluminense (10º), em algum momento, também preservaram jogadores nos pontozzz corridozzz, dando preferência às partidas eli- minatórias da Copa do Brasil ou da Libertadores, ou, em alguns casos, de ambas.
Enquanto os moderninhos colonizados repetem o discurso de que em turno e returno todo jogo é uma final e blá-blá-blá, que é emoção garantida em todas as partidas, o principal campeonato está na metade e um time, ainda que não admita, já sabe que será campeão. E os outros 19 já sabem, e alguns admitem com palavras e escalações, que não têm mais qualquer chance.
O Corinthians, agora e em 2015, como o Palmeiras, em 2016, não tem culpa... Como não tinha o Cruzeiro, em 2003, o São Paulo, em 2006... Pouco importa quem é o justo campeão da vez, o fato é que, quando o tédio e a previsibilidade tomam conta, a Copa do Brasil, mesmo valendo menos, fica mais emocionante. Volta, mata-mata! Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!