Medo do mico
O volante Paulinho será apresentado amanhã em Barcelona. Ele vai desembarcar com um peso e tanto nas costas. É a quarta contratação mais cara da história do clube catalão. Fica atrás apenas de Ibrahimovic, Suárez e Neymar. Chegar num clube custando os tubos, nem sempre é bom sinal. Basta ver os exemplos de Bale no Real Madrid, Pogba no Manchester United, Alexandre Pato no Corinthians e ainda o colombiano Borja no Palmeiras.
O volante mal chegou e conta com a desconfiança de boa parte da torcida culé. O fato de vir de uma liga de total desprestígio, como a chinesa, considerada refúgio para profissionais em fim de carreira, pesa na avaliação da galera. Torcedores estão detonando o jogador nas redes sociais.
Para quem conhece o Paulinho do Corinthians ou da seleção de Tite, o Barça não vai ser nenhum mistério para o brasileiro. É um jogador agressivo, forte, objetivo e que joga em direção ao gol. Mas estas boas característica geram dúvida na Espanha: seu futebol seria compatível ao tika-taka do Barça? Tanto mistério que o técnico Ernesto Valverde concedeu uma entrevista coletiva, ontem, para explicar a contratação de Paulinho: queriam exatamente um jogador com características diferentes da tradicional escola barcelonista.
Mas não é assim que a banda toca. Pesam ainda contra Paulinho a pífia participação na Copa de 2014, com a ridícula seleção de Felipão, e ainda sua inexistência no Tottenham. Mas o que mais assombra o torcedor culé é a extensa lista de micos milionários dos últimos anos: Alex Song, Max Lopes, Keirrison, Henrique, Chygrynskiy, Douglas, Fábio Rochemback, Christanval, Hleb...