Avó assistiu aos 8 filmes com neta
O mundo de Harry Potter uniu gerações distintas, e até de geografia distante.
A professora de inglês aposentada Heloísa Maria Capossoli Barros, 64 anos, usava uma camiseta branca, do bruxinho, na primeira aula na Unicamp, na terça-feira passada, feita pela neta, Beatriz Barros de Freitas, 20 anos, que é fã da série.
Heloísa conta que já assistiu aos oito filmes com a neta, que viaja quase 600 km de Belo Horizonte a Campinas para curtir a saga do bruxinho com a avó.
“Essa camiseta é meu orgulho. Ela fez uma pra mim e uma pra ela”. Com relação ao professor que ministra o curso, com que ela já teve aulas antes, ela só elogia. “Ele diz que não é bruxo, mas é sim. Ele poderia ser o diretor de Hogwarts”.
A dona de casa Amélia Nascimento, 58 anos, já leu dois livros e assistiu a seis filmes. “O que me atrai é a magia”. Ela diz, ainda, que a série desperta valores “que estão dentro de nós”.
O que a atraiu na aula, ainda, foram as relações feitas pelo professor. “Fascinante”. Amélia se refere à fala do instrutor Victor Menezes, ao dizer na aula que a autora J. K. Rowling dá poder as mulheres por meio da personagem Hermione.
“Adorei quando ele ressaltou que a Hermione foi a primeira a defender os elfos domésticos, considerados escravos”. Outro tema abordado por Menezes em sala de aula, além do feminismo, foi homossexualismo.
“A autora já explicou que o diretor da escola, Alvo Dumbledore, é homossexual. Ela é muito aberta, contra o preconceito”, diz Menezes.