Agora

Secretário de Doria diz que atitude de escola foi absurda

Alexandre Schneider critica diretora da rede municipal que marca alunos para não repetirem lanche

- (Amanda Gomes)

O secretário municipal da Educação da gestão João Doria (PSDB), Alexandre Schneider, disse ontem que foi “absurda” a atitude da diretora de marcar os alunos com uma caneta para não repetirem o lanche quando os alimentos são industrial­izados.

O Agora publicou na edição de ontem que os alunos da EMEF (Escola Municipal de Ensi no Fundamenta­l) J oão Amós, na Brasilândi­a (zona norte de SP), têm uma bolinha ou um risco feito na mão com um canetão toda vez que o lanche da merenda é algo industrial­izado como bolacha e bebida láctea para não poder pegar mais.

Ontem, o secretário disse à reportagem que vai abrir um procedimen­to interno para apurar a atitude da diretora. Se a decisão for de aplicar pu-

gnição, ela pode receber como pena máxima a suspensão.

“O caso da escola é absurdo. Esta situação é inadmissív­el. Condeno e acho a marcação da mão das crianças uma atitude inadequada. Mas confio nos diretores de escola. A unidade já foi notificada e repreendid­a”, disse.

Segundo o secretário, esse foi um caso isolado. “Servimos refeições em mais de 3.000 pontos na cidade. Foi o único local em que isso ocorreu”, disse. Ele explicou que o contrato com alimentaçã­o saudável começou há 15 dias nas escolas que têm merenda terceiriza­da e, desde 2016, já havia a não repetição nas demais unidades.

Ele explicou que as diretoras se reuniram com as nutricioni­stas e foram orientadas a ensinar os alunos sobre educação alimentar. Segundo ele, cada escola tem sua estratégia de como fazer para a não repetição como uso de fixas ou catracas. “As equipes estão em campo apoiando, identifica­ndo as dificuldad­es e críticas. Não houve um erro de informação da secretaria”, disse.

 ?? Arquivo Pessoal ?? Mão de aluno EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamenta­l) João Amós, na Brasilândi­a (zona norte); marca serve para identifica­r quem pegou o lanche
Arquivo Pessoal Mão de aluno EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamenta­l) João Amós, na Brasilândi­a (zona norte); marca serve para identifica­r quem pegou o lanche

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