Teste de fidelidade
O alviverde recebe a Chape com clima bem diferente de 2016, quando teve a casa lotada e foi campeão
Sucesso de público e renda desde a sua inauguração em novembro de 2014, a moderna arena palmeirense não deve receber nesta noite, no jogo contra a Chapecoense, um público a que diretoria, jogadores e patrocinadores estão acostumados.
O termômetro para a diminuição do interesse dos torcedores é a venda antecipada de ingressos para o confronto, que começa às 19h. O último balanço de bilhetes vendidos foi divulgado anteontem pela manhã e o departamento financeiro contabilizou “apenas” 17 mil entradas compradas.
Caso a equipe do técnico Cuca estivesse ao menos na briga por um título em um dos três torneios do semestre, a previsão de público no Allianz Parque já estaria na casa dos 30 mil torcedores.
Sem essa motivação, os fãs alviverdes, que fizeram de tudo para incentivar os jogadores até agora, ameaçam esfriar com o time.
Outro ponto que desfavorece é o horário da apresentação. Na avaliação da diretoria, independentemente da situação da equipe, atuar no domingo à noite não favorece a presença de público.
Assim, o Verdão pode ter seu pior público no ano. A marca mais baixa registrada foi contra o Mirassol, no Paulista, com 21.488 torcedores.
Festa e dor
Curiosamente, dos 88 jogos disputados no remodelado estádio, é o confronto Palmeiras e Chapecoense de 27 de novembro de 2016 o recordista de público (40.986) e renda (R$ 4.171 317,26).
Naquele dia, o Palmeiras venceu o mistão da Chape por 1 a 0 e quebrou o jejum de 22 anos sem conquistar o Campeonato Brasileiro.
Pouco mais de 24 horas depois, o mundo da bola conheceu uma das suas piores tragédias. O avião que levava o clube catarinense para Medellín-COL sofreu acidente e 71 pessoas morreram, entre jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas.
Quase nove meses depois, as equipes estão tensas. Os palmeirenses só brigam por uma vaga à Libertadores. A luta da Chape, que estreia no returno, é contra a degola.