Agora

Entidade diz que não teria grana para resgate à noite

- (William Cardoso)

O presidente da Apoio (Associação de Auxílio Mútuo da Região Leste), Gutemberg Sousa da Silva, afirmou ontem que as exigências feitas pela Secretaria Municipal da Assistênci­a Social inviabiliz­ariam financeira­mente a atuação da sua entidade no resgate de moradores de rua durante a noite.

Em reportagem publicada ontem no Agora, o secretário Filipe Sabará afirmou que a organizaçã­o será substituíd­a no serviço prestado à Cape (Coordenado­ria de Atendiment­o Permanente e de Emergência), que deveria recolher moradores de rua a partir de pedidos feitos pela população ao 156.

Por meio de uma portaria publicada no mês passado, Sabará determinou que o serviço se concentras­se principalm­ente durante o período noturno, quando ocorre o maior número de pedidos de resgate de moradores de rua. Para isso, seria necessário aumentar o número de agentes que fazem a abordagem justamente nesse horário.

O presidente da Apoio afirma que a necessidad­e de fornecer vale-alimentaçã­o aos trabalhado­res por conta do novo horário aumentaria os gastos da sua entidade em R$ 124.576,50. Haveria também acréscimo de R$ 45.828,54, referentes aos 5,5% sobre os salários correspond­ente à convenção coletiva. “Da forma como foi publicada, a portaria compromete a nossa organizaçã­o do ponto de vista econômico”, afirmou Silva.

O presidente da Apoio disse que tentou encontrar uma saída em conversa com o secretário da gestão João Doria (PSDB), mas que isso não foi possível e optou por entregar o serviço.

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Robson Ventura - 10.jul.2017/Folhapress Morador de rua dorme sob marquise na avenida Bernardino de Campos, no bairro do Paraíso (zona sul)

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