Inflação é a menor em 18 anos
A prévia da inflação oficial indica alta de preços neste mês
Principais influências
Os dois grupos de despesas com maior alta de preços são habitação e transportes
Variação em agosto (em%)
Transportes 1,35 5,96 6,43 5,36
A prévia da inflação oficial subiu menos do que o esperado em agosto, com nova queda dos preços de alimentos, e em 12 meses foi ao menor nível em quase 20 anos. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) subiu 0,35% em agosto, após ter recuado 0,18% no mês anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 12 meses, a alta é de 2,68%, menor nível desde março de 1999 (2,64%).
O que mais puxou os preços para cima foram os gastos c om c ombustíveis (+5,96%), após o governo aumentar a cobrança de impostos. A gasolina subiu 6,43%, e o etanol, 5,36%.
Outra despesa que pesou bastante foi a da conta de luz, que subiu 4,27% devido à entrada em vigor da cobrança da taxa extra de R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora, a bandeira vermelha.
Na ponta dos gastos que baratearam no início do mês, o destaque são os alimentos (-0,65%), que têm participação de 25% nas despesas das famílias. É o terceiro mês seguido que o grupo apresenta variação negativa na média geral de preços.
O preço da maioria dos itens caiu de julho para agosto, com destaque para feijão-carioca (-13,89%), batata-inglesa (-13,06%), leite longa vida (-3,86%), frutas (-2,43%) e carnes (-1,37%). Cebola (+14,28%) e tomate (+14,03%) foram na direção oposta e ficaram mais caros.