Agora

Temporário­s ficarão sem aulas em 2018

Segundo o sindicato, 35 mil professore­s precisarão ficar afastados da rede estadual de ensino

- (Larissa Quintino)

Cerca de 35 mil professore­s temporário­s terão que deixar a rede estadual de ensino em 2018, segundo números da Apeoesp (Sindicato dos Professore­s do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

Eles terão seus contratos encerrados porque os temporário­s da rede estadual precisam, ao final de três anos de contrato de trabalho, cumprir o período chamado duzentena, em que ficam 180 dias fora das salas de aula do Estado.

“Essa é uma exigência muito perversa e que precariza a educação. É lamentável o profission­al ter que ficar parado e procurar outra coisa para fazer porque o governo não quer criar um vínculo de trabalho”, disse a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha.

Ele explica que, em 2015, a duzentena foi alterada por lei e passou dos 200 dias, onde nasceu o apelido, para os 180 dias. Nessa mudança, a duração do contrato dos temporário­s foi estendida de dois para três anos.

Professora de uma escola em São Mateus (zona leste), Márcia Tozzi, 45 anos, passará pelo terceiro período de duzentena. “A primeira vez foi em 2012. Voltei em agosto. Depois, passei por isso de novo em 2014 e agora será esse sofrimento mais uma vez.” No período afastada da escola, Márcia, que é professora do 1º ano da educação básica, chegou a trabalhar em feira e como camelô.

Questionad­a sobre o número de professore­s tempo- rários que serão afastados pela duzentena em 2018, a Secretaria de Estado da Educação disse não ter o levantamen­to, mas disse que não haverá falta de professore­s na rede em 2018.

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