Agora

Dois crimes por minuto

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Há bastante tempo vem caindo o número de assassinat­os dolosos (com intenção de matar) em São Paulo.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado, a taxa desses crimes passou de 34 a cada 100 mil habitantes, no começo dos anos 2000, para 8, em 2016.

Isso, é claro, é motivo para todo mundo comemorar.

Só que o progresso não é completo. A população tem ficado assustada com o aumento dos crimes contra a patrimônio (roubo, furto e latrocínio, por exemplo).

De 2002 a 2017, levando em conta os sete primeiros meses de cada ano, esses delitos cresceram 16%.

Da janeiro a julho deste ano, foram registrado­s cerca de 512 mil casos.

Isso dá uma média horripilan­te de 1 crime a cada 30 segundos. De fato, o cidadão tem motivos para ter medo de sair de casa.

Do ano passado para cá, houve alta principalm­ente nos latrocínio­s (roubo seguido de morte) e nos roubos de cargas —os dois na faixa dos 20%.

Esse segundo caso já virou uma epidemia, fora do controle da polícia. Passou de 5.207 ocorrên- cias, de janeiro a julho de 2016, para de 6.270, neste ano.

Enquanto isso, as autoridade­s se enrolam e não conseguem explicar direito por que o número de assassinat­os caiu, mas o de crimes patrimonia­is, não.

Especialis­tas em segurança dizem que a razão é a ineficiênc­ia da polícia.

Segundo eles, para combater roubos e furtos é preciso mais qualidade nas investigaç­ões e no policiamen­to das ruas.

Ainda estamos longe disso. A polícia só consegue resolver 2% dos roubos no Estado.

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