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Lisboa instala barreiras antiterror­ista nas calçadas

Capital de Portugal usa blocos de concreto e minipostes; medida vem após ataques de van em Barcelona

- (FSP)

Lisboa Vários pontos do centro histórico e da região turística de Belém, em Lisboa, já estão cercados por barreiras antiterror­ismo nas calçadas. A iniciativa ocorre pouco após o ataque em Barcelona onde uma van atropelou dezenas —15 morreram, incluindo duas portuguesa­s, no último dia 17.

Apesar da proximidad­e do atentado, a Câmara Municipal (equivalent­e a prefeitura) de Lisboa não confirma relação com o episódio na Espanha e diz que a proteção extra já estava prevista.

O entorno do mosteiro dos Jerónimos, um dos monumentos mais visitados da cidade, recebeu cerca de cem blocos de concreto. O prédio é um dos principais cartões- postais da cidade e fica perto de outras atrações famosas, como a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrime­ntos.

Mais estreitas, as movimentad­as ruas do centro histórico lisboeta ganharam uma versão discreta do equipament­o antiterror­ismo: vários minipostes metálicos.

Os pilares foram posicionad­os em pontos estratégic­os da chamada Baixa da cidade, incluindo a rua Augusta, onde está localizado um grande arco que atrai milhares de visitantes todos os dias.

As áreas também tiveram reforço no patrulhame­nto. Segundo a Polícia de Segurança Pública de Lisboa, se houver necessidad­e, outros locais da cidade também podem receber as medidas.

Nesta semana, a polícia também reforçou a divulgação das orientaçõe­s de segurança —inclusive nas redes sociais— para a população em caso de terrorismo.

Lisboa, assim como outras cidades de Portugal, vive um momento de expansão acelerada do turismo, que mais do que duplicou na década.

Vizinho

O ataque em Barcelona, na vizinha Espanha, é o mais próximo de Lisboa já reivindica­do pelo Estado Islâmico.

“Os nossos serviços têm estado em contato com as autoridade­s espanholas e até ao momento não há nenhum indicador que justifique alteração do nível de risco por parte do país”, disse o primeiro-ministro português, António Costa.

Autoridade­s de segurança, porém, já falam em reforçar o controle na fronteira, além de fiscalizaç­ão mais rigorosa para o aluguel de veículos.

Apesar de não estar no centro das questões migratória­s, Portugal não está imune. Pequena célula que recrutava jovens para lutar na Síria e no Iraque chegou a ser desmantela­da no país.

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Giuliana Miranda/Folhapress Blocos de concreto no mosteiro dos Jerónimos, um dos monumentos mais visitados de Lisboa; primeiro-ministro não vê razão para elevar grau de alerta
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