Agora

Suspeito de estupro volta a atacar em ônibus

Três dias após ter sido solto, rapaz de 27 anos comete o mesmo crime e volta a ser preso

- (FSP)

escada rolante da estação Anhangabaú do metrô Ato obsceno e importunaç­ão ofensiva ao pudor sem informaçõe­s

O ajudante geral Diego Fer- reira de Novais, 27 anos, que havia sido preso na última terça-feira por ejacular em uma mulher dentro de um ônibus, foi detido novamente por volta das 8h de ontem, após atacar outra mulher em um coletivo na avenida Brigadeiro Luís Antônio.

Segundo a Polícia Militar, o rapaz foi detido por um dos dois passageiro­s homens que estavam no ônibus, após os gritos da vítima, uma arrumadora de 39 anos.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, Novais se posicionou ao lado de uma mulher que estava sentada, e começou a esfregar o órgão sexual nela por fora da calça. A mulher percebeu o incômodo e tentou sair de perto, mas ele a segurou. Ela então gritou pedindo para que o ônibus parasse.

Novais não resistiu à prisão. Ele ainda disse à PM que sofre de problema mental e que necessita de tratamento.

O outro crime aconteceu na última terça-feira, na avenida Paulista. Segundo a PM, o homem teria se masturbado e ejaculado sobre uma jovem. Com os gritos dela, o motorista fechou as portas para evitar que ele fugisse.

Novais foi preso em flagrante e estava detido no 78º DP (Jardins). Por determinaç­ão do juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto, expe- dida na quarta-feira, Diego havia sido solto. Na decisão, Souza Neto entendeu que o caso não era de estupro, mas de importunaç­ão ofensiva ao pudor. A justificat­iva seria de que Novais não teria usado de violência ou ameaça para constrange­r a vítima.

Porém, Novais já havia sido acusado ao menos 16 vezes de ter praticado diversos crimes sexuais, entre assédio e estupro consumado.

Uma testemunha do crime de ontem relatou que Novais segurou uma das pernas da mulher, reforçando o depoimento da vítima. Para o delegado, isso confirmari­a que houve violência no ato e, assim, seria um caso de estupro, com constrangi­mento. O acusado nega ter agarrado a perna. “Ele diz que não é estupro. Até parecia demonstrar algum conhecimen­to [da lei]”, afirmou o delegado.

O acusado foi transferid­o na tarde de ontem para o 2º DP (Bom Retiro). Hoje, ele passará por uma audiência de custódia, que será seguida da decisão do juiz.

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Zanone Fraissat/Folhapress Diego Ferreira de Novais, na delegacia

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