Projeto de Doria prevê liberar anúncio em banheiro público
Segundo texto enviado à Câmara, empresa que instalar banheiros poderá explorar publicidade
A gestão João Doria (PSDB) reenviou ontem à Câmara Municipal de São Paulo o projeto de lei que trata da implantação e da exploração publicitária de banheiros públicos, bicicletários, bancas de flores, e outros itens do mobiliário urbano.
A Lei Cidade Limpa permite publicidade no mobiliário urbano, mas atualmente ela só acontece nos pontos de ônibus e relógios de rua.
De acordo com o projeto de lei, que ainda precisará passar por duas votações na Câmara, as laterais dos banheiros e demais espaços desses itens poderão ter anúncios publicitários, a serem explorados pelas empresas que instalarem e cuidarem da manutenção desses locais.
Por causa da procura identificada pela gestão Doria, os banheiros são o principal alvo do projeto, que prevê a concessão e construção deles a partir do início de 2018. A meta da prefeitura é instalar 800 banheiros até 2020.
“Banheiro é um equipamento que faz falta. As pessoas têm que pedir favor para bares, restaurantes. A ideia é privilegiar regiões de maior movimento, como centro, Itaquera...”, afirma Marcos Penido, secretário de Serviços e Obras.
Enviado à Câmara pela primeira vez no final de julho, o projeto de lei foi retirado uma semana depois. Na nova versão, dois pontos que geraram polêmica, a instalação de placas de rua e de totens multimídia, foram retirados. “A publicidade tem que reverter para o bem da cidade, não pode ser a publicidade em si. Foi uma falha do primeiro projeto. Se nós tivéssemos placas de publicidade em cada esquina, haveria uma vulgarização dela”, diz o secretário da gestão Doria, que prevê um período de 25 a 30 anos de concessão para o mobiliário urbano.