Sob risco de perder a titularidade amanhã, o camisa 10 leva pito do colega Rodrigo Caio Cueva bipolar
Em ótima fase em sua seleção, mas devendo um bom futebol no Tricolor, peruano é a dúvida contra a Ponte
As duas semanas sem jogos ajudaram Dorival Júnior a fazer testes, especialmente na defesa, e a “encorpar” o time que trava uma dura batalha no Brasileiro para não ser rebaixado à Série B. Apesar do longo período, uma dúvida ainda paira na cabeça do treinador: se Cueva ou Lucas Fernandes vai comandar o meio-campo tricolor diante da Ponte Preta, amanhã, às 19h, no Morumbi.
O jogador de 25 anos voltou a treinar ontem depois de defender a seleção peruana nas eliminatórias. Se ele está devendo há tempos um bom futebol no São Paulo, seus conterrâneos não tem do que reclamar. É um dos responsáveis por fazer o Peru renascer das cinzas e vem de grande jornada nesta parada: deixou sua marca na vitória sobre a Bolívia e ainda deu o passe para Hurtado anotar o tento decisivo contra o Equador. Em boa parte graças a seus esforços, os peruanos ultrapassaram Argentina e Chile na tabela e hoje estariam na Copa da Rússia.
Pesa contra o gringo a desconfiança de boa parte dos torcedores, que o veem sem vontade em campo, e até de companheiros de equipe.
O zagueiro Rodrigo Caio, que retornou da seleção brasileira, elogia a qualidade do companheiro, mas também deixa o alerta. “Nosso momento não é fácil, dificulta para que o jogador desempenhe o seu melhor. Ainda mais para ele, que é o nosso camisa 10, que articula todas as jogadas. Ele tem consciência que precisa melhorar. De alguma maneira, a gente tenta ajudar, mas ele também precisa querer se ajudar. Não podemos ter jogadores a menos. A cobrança não é só em cima do Cueva, é em cima de todos”, disse.
“A confiança dele está lá em cima. Vai lutar para fazer os gols e buscar a vitória que todos almejam”, confia Bruno Alves.