Idosos esperam de pé e no sol pelo segundo dia sseegguuiiddoo
Gestão Doria não resolve dificuldades que idosos enfrentam para tirar cartão de estacionamento
Os idosos voltaram a enfrentar filas e calor, na manhã de ontem, para tirar o cartão que dá o direito a vagas exclusivas de estacionamento na capital. Desta vez, a fila chegou a três horas.
O aumento da procura pelo benefício aumentou depois que a gestão João Doria (PSDB) começou a multar os motoristas que param em vagas especiais em locais privados, como shoppings e supermercados. O valor da multa é de R$ 293,47, com sete pontos na habilitação.
No prédio da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) da rua Sumidouro, em Pinheiros (zona oeste), idosos aguardavam em pé pelo atendimento e buscavam uma sombra para escapar do sol de meio-dia, ontem. O cenário era parecido ao de anteontem, quando o Agora também esteve no local e idosos esperaram até duas horas e 15 minutos.
Funcionários atendiam no estacionamento e os usuários só tinham acesso à parte interna no momento de retirar o cartão. Cerca de 20 cadeiras estavam na parte externa (anteontem eram oito), além de um bebedouro, que já havia sido colocado antes.
Antonio Carlos de Abreu, 63, saiu de Guaianases (zona leste) para fazer o cartão. “Fui à prefeitura regional do meu bairro e me informaram que era mais fácil vir aqui para resolver tudo.” Ele chegou às 9h. “Tive problema no preenchimento e tive de ir à estação do trem, que tem internet grátis, para acertar.” Seu cartão ficou pronto às 12h.
De boné e com uma bengala, Carlos Koji, 63 anos, espe- rava de pé, debaixo de uma árvore. “Fiz o cadastro pela internet, acho que agora não vai demorar muito”, diz. Ele tinha a senha 73, e a chamada estava no número 30.
Evandes Almeida Cavalcante, 66, saiu do Mandaqui (zona norte) para fazer o documento. “Meu filho me trouxe aqui quando ia para o trabalho, ele fez o preenchimento pela internet para mim.” Ele também esperava em pé.
No posto da Prefeitura Regional de Sapopemba (zona leste), Claudio Carrazedo, 66, esperava desde as 9h30 pelo documento. Eram 11h. “Parece que tudo se resolve em mais uma hora”, disse Carrazedo.