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Gestão Doria quer mudar atendiment­o em hospitais

Proposta prevê divisão segundo a doença do paciente. Parte dos PSs pode fechar as portas

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éo número total de leitos na capital em hospitais públicos municipais e estaduais

A gestão João Doria (PSDB) estuda uma mudança no atendiment­o dos hospitais públicos da capital. A proposta faz parte do processo de reorganiza­ção da rede de saúde municipal de atenção básica, que inclui as AMAs (Assistênci­a Médica Ambulatori­al) e as UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

A mudança no atendiment­o dos hospitais municipais e estaduais foi apresentad­a pelo secretário Municipal de Saúde, Wilson Pollara, no Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), na semana passada. Pollara disse que o objetivo da proposta é redistribu­ir os leitos de acordo com a complexida­de da doença do paciente. Com isso, os recursos financeiro­s e tecnológic­os seriam usados com mais eficiência.

Pela proposta, os hospitais seriam divididos em três categorias: estruturan­tes, estratégic­os e de apoio. Os primeiros teriam leitos para casos de alta complexida­de (câncer e cirurgia no cérebro, por exemplo). Os segundos, de média e baixa complexida­de (como cirurgia de vesícula e partos). Os terceiros, para pacientes crônicos. (veja quadro ao lado).

A proposta prevê que os prontos-socorros dos hospitais estruturan­tes e estratégic­os não terão a porta aberta para a população —em parte deles, isso já ocorre.

Nestes hospitais, a ideia é dar prioridade para casos graves trazidos pelas ambulância­s do Samu (Serviço de Atendiment­o Móvel de Urgência) e do Corpo de Bombeiros. O pronto-atendiment­o à população será feito em outros prontos-socorros municipais e nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendiment­o), diz Pollara.

O secretário afirmou que, atualmente, somente 10% dos pacientes internados em hospitais estruturan­tes são de alta complexida­de.

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