Testemunhas de guarda divergem
Dois guardas civis municipais de Barueri (Grande SP), que foram depor a pedido de defesa do réu Sérgio Manhanhã, guarda preso sob acusação de facilitar a ação de homicidas que mataram 17 das 23 vítimas da maior chacina do Estado, em agosto de 2015, deram versões conflitantes em depoimentos durante o terceiro dia do júri, ontem. Eles responderam a perguntas sobre a relação de guardas municipais com policiais militares.
Dois policiais militares e o guarda Manhanhã são acusados de terem envolvimento com a chacina.
Para um dos guardas que testemunharam, é “impossível” a ligação entre PMs e guardas na região, e, para outro, policiais militares ajudam guardas da cidade informando sobre ocorrências.
O guarda civil Marcelo Gomes da Silva, que foi a 18ª testemunha a depor no júri, afirmou que “não existia a possibilidade de entrosamento entre GCM e PM” porque ambas não conversavam entre si. Segundo Silva, chefe da Corregedoria da GCM, foi investigada a relação entre Manhanhã e os crimes, mas nada ilegal foi encontrado.
Manhanhã era subcomandante do batalhão identificado como Gite (Grupo de intervenção Tática Estratégica), unidade paralela à Força Tática da PM, segundo o MP (Ministério Público). A 19ª testemunha a depor, no entanto, disse que PMs e GCMs se auxiliam mutuamente no patrulhamento. Trata-se do guarda civil Willian Moreira, que atuava no Gite como motorista e era subordinado a Manhanhã.