Programa é aposta certa nos clássicos
A “Escolinha do Professor Raimundo” surgiu na rádio, em 1952, criada por Haroldo Barbosa (1915-1979) e Chico Anysio (1931-2012).
Nela, o professor Raimundo Nonato, de Chico Anysio, comandava a sala de aula na qual três alunos disputavam a atenção do público: o sabido, interpretado por Afrânio Rodrigues, o ignorante, feito por João Fernandes, e o esperto, papel de Zé Trindade.
A versão televisiva chegou à TV Rio em 1957, mas foi apenas no ano de 1990 que o quadro foi transformado em programa.
Para Fabio Wajngarten, estudioso de televisão, o remake feito agora do clássico humorístico foi uma aposta certeira. “O retorno sempre cria uma alta expectativa de audiência e o público brasileiro é saudosista”, diz.
O especialista lembra ainda que bordões como “captei vossa mensagem, amado guru”, do personagem Rolando Lero (Rogério Cardoso, 1937-2003), ou mesmo os comentários impróprios —como se fossem aviso de aeroporto—, de Galeão Kumbica (Rony Cócegas, 19401999) marcaram época.
A nova geração do humorístico consegue seguir a tradição e, ao mesmo tempo, atualizá-la, avalia Wajngarten. “O Bruno Mazzeo [como professor] está espetacular.”
Para ele, o programa “Chacrinha, o Eterno Guerreiro”, por exemplo, fez uso da mesma fórmula: um remake que mistura uma dose de saudosismo com uma produção primorosa. “Sucesso absoluto”, diz.