Agora

Investimen­to mixuruca

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Educação e saúde são as áreas em que a Prefeitura de São Paulo mais gasta. E é para ser assim mesmo.

Afinal, o ensino fundamenta­l e a atenção básica à população são tarefas dos governos municipais, que conhecem mais de perto as necessidad­es dos cidadãos.

A prefeitura também tem muitas despesas com as aposentado­rias dos servidores e com o pagamento de dívidas antigas. São obrigações, claro, mas esse dinheiro não resulta em benefícios diretos para os paulistano­s.

Outra conta importante é a dos subsídios do transporte coletivo, para cobrir os pas- sageiros que pegam ônibus de graça.

Com tudo isso, sobra muito pouco para o investimen­to, ou seja, aquele tipo de gasto em obras e compras de novos equipament­os.

Para uma cidade tão grande, São Paulo investe uma mixaria. E cada vez menos.

A prefeitura calcula que será R$ 1,3 bilhão neste ano. Em 2014, eram R$ 3,6 bilhões (muito mais, mesmo sem corrigir pela inflação).

Uma boa parte da queda aconteceu por causa da crise econômica, que derrubou a arrecadaçã­o de impostos.

Mas também houve aumento das outras despesas. E, como a gente sabe, os governos costumam desperdiça­r muita grana.

Por isso, faltam obras, principalm­ente, de mobilidade urbana. A capital precisa tapar buracos nas ruas, melhorar os corredores de ônibus e construir um novo terminal.

Para o ano que vem, a equipe do prefeito João Doria (PSDB) planeja dobrar o investimen­to, para R$ 2,6 bilhões. Nem assim será alcançado o valor de outros tempos.

Doria, como não é segredo, quer ser candidato a presidente. Mas vai precisar mostrar mais do que isso.

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