É tóis uma ova: PSG de Neymar é péssimo exemplo!
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto, é que Narciso acha feio o que não é espelho... Alô, povão, agora é fé! Em um mundo egoísta e individualista, em que o sucesso de um jogador é medido pela sua colocação no prêmio da Fifa e não pelos títulos conquistados, o Paris Saint-Germain de Neymar é o ápice do desvirtuamento do futebol como esporte coletivo e apaixonante.
A cena, patética, de Neymar —auxiliado de forma infantil por Daniel Alves—, brigando com Cavani para bater falta e depois com carinha de criança birrenta após o uruguaio não deixálo bater pênalti, ilustram, com precisão, o quanto ele personifica o espírito ridículo dos tempos atuais.
Neymar não é o exército de um homem só. Ele é um dos ícones de um mundo formado por jogadores, treinadores, empresários e, pasmem, até jornalistas e torcedores que enxergam a sociedade como algo menor que o indivíduo. Há alguns anos, grana à parte, seria inimaginável alguém elogiar a decisão de trocar o Barcelona pelo PSG. O senso comum diria que é muito mais legal jogar ao lado do melhor do mundo (Messi), em um time que disputa contra rivais do mesmo nível (Real Madrid de Cristiano Ronaldo é um desafio maior que o Monaco de Falcao) e em condições de evoluir atuando ao lado e contra os melhores. Hoje muitos aplaudiram a opção de Neymar de mudar para um time menor, em uma liga menos relevante, para ele ser o dono do time e, pois, ter mais chance de ser eleito o melhor do mundo...
Neymar, que não atingiu ainda o futebol de Messi e Ronaldo, joga muita bola. Mas ele e o seu PSG não acrescentam nada ao esporte. Talvez acrescentem ao negócio. Mas o negócio não me comove. Não tenho idade para falar “é tóis”!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!