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Memórias da dama da viola

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O Itaú Cultural escolheu o ano de 2017 para realizar ocupações culturais apenas com homenagens a personalid­ades femininas. Depois da atriz Laura Cardoso, da escritora Conceição Evaristo e da jornalista Aracy Amaral, chegou a vez da cantora, atriz e apresentad­ora Inezita Barroso (1925-2015).

A exposição, que é gratuita e abre hoje na av. Paulista, segue os moldes das ocupações anteriores e investe em recursos multimídia para mostrar as diversas facetas da artista —incluindo raridades em música e em vídeo.

O perfeccion­ismo que Inezita tinha em vida (era bibliotecá­ria formada pela Universida­de de São Paulo) ajudou na montagem da mostra. “Ela era muito organizada. Além de guardar tu- do, era disciplina­da quanto à manutenção de sua história”, conta o violeiro e compositor Paulo Freire, curador da mostra em parceria com os núcleos de música e de enciclopéd­ia do Itaú Cultural.

A “Ocupação Inezita Barroso” passa por todas as fases da vida da artista, desde a infância —quando enfrentou a resistênci­a dos pais, que não queriam que ela cantasse música regional— até o comando do programa “Viola, Minha Viola” (TV Cultura), que apresentou por 35 anos.

A mostra também exibe objetos pessoais de Inezita. “Ela escrevia partes importante­s de sua vida em cadernos, que ela guardou com todo o carinho. Eles estarão em exposição”, conta Freire.

A mostra conta um lado pouco conhecido da artista: o de pesquisado­ra. “Foi uma das maiores incentivad­oras do folclore nacional. Percorreu o país coletando conteúdo e divulgando as vertentes da cultura regional, sem se restringir ao cancioneir­o caipira”, diz Antonio Prado Junior, diretor do “Viola, Minha Viola” por dez anos. A exposição lembra das passagens de Inezita pela sétima arte. A cantora esteve no elenco de “Ângela” (1954), em que atuou com Ruth de Souza (foto) A Ocupação reúne uma série de momentos raros de Inezita. Na foto, ela, em 1969, em um recital para a TV Cultura Também de 1980. Inezita aparece fazendo versões para músicas de diferentes compositor­es Em 1979, a TV comemoraçã­o d Inezita fez uma

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