Corrida presidencial em aberto
É sempre difícil imaginar o resultado de uma eleição quando falta um ano para a hora do voto. No caso da disputa presidencial de 2018, então, qualquer previsão é chute.
Para se ter uma ideia de como o cenário está indefinido, basta ver a nova pesquisa do Datafolha.
O líder, mais uma vez, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mas, hoje em dia, não dá nem para saber se ele vai conseguir mesmo ser candidato, devido a seus problemas com a Justiça.
Em seguida vêm Marina Silva (Rede), que derrapou nas duas últimas eleições, e Jair Bolsonaro (PSC), que é de um partido mixuruca.
A verdade é que a situação do país continua muito incerta. Todo dia aparece um escândalo novo, e a economia mal começou a sair da crise.
É bem possível que Lula e Marina apareçam melhor nas pesquisas porque são nomes conhecidos dos eleitores. A campanha, afinal de contas, nem teve início para valer.
Já Bolsonaro cresce, em boa parte, porque muitos brasileiros estão cansados dos políticos mais antigos.
No PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, João Doria, estão disputando a candidatura.
Apesar de o primeiro ser muito conhecido e o segundo fazer muito barulho, nenhum deles anda muito bem de intenção de voto: não passam dos 10%.
É claro que muita água ainda vai rolar até a eleição. Uma coisa para prestar atenção, por exemplo, é a economia.
Se o desemprego cair e a renda dos trabalhadores aumentar até lá, a bronca com os políticos (pelo menos com alguns deles) pode diminuir.