Brasil fica atrás do Chile nas cotas de televisão
Rio Maior vencedora da história da Copa do Mundo e primeira classificada dentro de campo para a Rússia, a seleção brasileira tem encalhada a venda dos direitos de transmissão para partidas amistosas e das eliminatórias para o Mundial de 2022. Isso mesmo que o preço cobrado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) seja metade do que o Chile conseguiu.
Os campeões das duas últimas edições da Copa América conseguiram vender os direitos de suas partidas pelas eliminatórias por cerca de US$ 8 milhões (R$ 25,2 milhões).
No acordo válido para as eliminatórias em disputa —que se encerram no próximo dia 10—, a CBF recebe cerca US$ 2 milhões (R$ 6,3 milhões) por partida da Globo. A confederação negocia um aumento de 100%. Quer vender todas as mídias por cerca de US$ 4 milhões (R$ 12,6 milhões).
Na primeira rodada da licitação feita pela entidade, nenhum canal fez uma proposta oficial pelo chamado pacote A, que garante exclusividade para TV aberta e fechada. A oferta incluía direitos de 37 amistosos e jogos da seleção nas eliminatórias até a Copa de 2022.
As emissoras de TV apenas manifestaram interesse no negócio, mas não fizeram proposta pelo lance mínimo, por partida, que era de US$ 3,5 milhões (R$ 11 milhões). No total, o montante mínimo chegava a US$ 129,5 milhões (R$ 409 milhões).
Mesmo num momento de alta, invicta nas eliminatórias desde a chegada de Tite, a seleção brasileira está longe dos maiores arrecadadores de direitos de televisão.
Europa à frente
Na comparação com algumas potências europeias, a CBF leva uma goleada. Inclusive da Alemanha.
Os atuais campeões mundiais recebem US$ 7,5 milhões (R$ 23,7 milhões) por jogo pelas eliminatórias. Já para amistosos, o valor é de US$ 4,5 milhões (R$ 14,2 milhões). A Inglaterra arrecada US$ 8 milhões (R$ 25,3 milhões) no classificatório e US$ 6 milhões (R$ 19 milhões) por amistosos.