Sindicatos antecipam cobrança de imposto
Novas formas de financiamento já são discutidas antes da medida provisória prometida por Temer
As centrais sindicais do país traçam estratégias de financiamento sem o imposto sindical, que foi extinto com a reforma trabalhista. Apesar das mudanças só entrarem em vigor em 11 de novembro, os sindicatos se movimentam em assembleia, aprovando até mesmo a continuidade do imposto em acordo coletivo.
Foi o que aconteceu no Sindvestuario de Guarulhos, que representa os trabalhadores da industria têxtil da cidade. O sindicato, filiado à CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) decidiu em assembleia continuar a cobrar o imposto—desconta um dia de salário do trabalhador.
O presidente da CSB, Antonio Neto, disse que o que aconteceu no sindicato de Guarulhos, é orientação para todos os 783 sindicatos filiados à central.
Já a Força Sindical trabalha com o que chama de “contribuição negocial”. Em 15 de setembro, os sindicatos dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes aprovou a cobrança de 1% do salário anual do trabalhador seja revertido ao sindicato. “Nada mais justo que cada categoria decida o quanto pagar para manter o sindicato, que é instrumento de negociação”, disse o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
A UGT (União Geral dos Tra- balhadores), disse que aguarda a medida provisória sobre a reforma. “Vamos lutar para que a contribuição negocial entre no texto”, disse Ricardo Patah, presidente da central.