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Trump elogia polícia e se recusa a falar sobre controle de armas

Marilou Danley disse que ganhou viagem para Filipinas do autor da matança em Las Vegas

- (FSP) (FSP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi a Las Vegas ontem para uma visita de pouco mais de três horas na cidade, que no domingo foi palco do pior ataque a tiros da história recente americana.

Trump se encontrou com centenas de feridos, policiais e outras pessoas que ajudaram no resgate do massacre.

Em um dos principais hos- pitais da cidade, ele elogiou o trabalho dos médicos e se negou a falar sobre controle de armas no país.

“Estou muito orgulhoso de ser americano hoje. Todos aqui fizeram um trabalho incrível, é um tributo ao profission­alismo”, disse Trump, ao lado da primeira-dama e alguns médicos, no hospital University Medical Center (UMC). “Vi pessoas terrivel- mente feridas, muito mal mesmo, porque elas tentaram ajudar outras pessoas. Convidei os feridos para visitar a Casa Branca.”

Um jornalista tentou perguntar sobre a possibilid­ade de um maior debate sobre controle de armas, mas Trump não quis comentar. “A América é uma nação verdadeira­mente em luto”, afirmou o presidente.

A namorada do homem que matou 59 pessoas no domingo ao atirar na multidão reunida para um show em Las Vegas afirmou ontem que ele nunca disse ou fez nada que pudesse ser entendido como alerta de que algo terrível iria acontecer.

Em comunicado lido por seu advogado, Marilou Danley, 62 anos, descreveu Stephen Paddock, 64, como um homem carinhoso, atencioso e tranquilo.

Ela estava nas Filipinas quando o namorado perpetrou o maior ataque a tiros da história dos EUA, e voltou a Los Angeles ontem, onde foi sabatinada no dia seguinte pelo FBI (polícia federal americana).

Danley confirmou ter recebido de Paddock um bilhete de avião para visitar a família dela no Sudeste Asiático, assim como uma remessa inesperada de US$ 100 mil (cerca de R$ 315 mil) destinada, segundo ele, à compra de uma casa por lá.

A remessa foi feita três dias antes do atirador se hospedar no 32º andar do Mandalay Bay, da onde fez os disparos por dois furos na janela nos frequentad­ores de um festival de música country que reuniu 22 mil pessoas.

“Fiquei agradecida, mas, honestamen­te, temi que fosse um jeito de terminar o relacionam­ento comigo. Não me ocorreu de forma alguma que ele estivesse planejando [um ato de] violência contra quem quer que fosse”, disse.

A mulher contratou um advogado, Matthew Lom- bard, que afirmou que sua cliente irá colaborar com a polícia e que desconhece os motivos do ataque. Ela tem uma filha que mora na Califórnia e foi casada com outro americano por 25 anos antes de namorar Paddock.

“Tenho certeza de que ela não sabe de nada”, disse uma das irmãs de Danley à rede CNN, na Austrália. “Ele mandou ela embora [para as Filipinas] para não interferir em seus planos. Ela nem sabia que ia viajar até Steve dizer que havia encontrado uma passagem barata para ela”, afirmou.

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Evan Vucci/AP Donald Trump durante entrevista ao lado de policiais em Las Vegas; presidente falou em heroísmo e que encontrou muitas pessoas machucadas em hospital
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Reprodução Marilou Danley voltou ontem para Los Angeles

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