RRRuutthh EEssccoobbaarr,, teatro, morre em SP
Destaque dos palcos brasileiros, atriz foi produtora cultural e ativista; a causa da morte não foi revelada
Morreu ontem a atriz e produtora cultural Ruth Escobar, um dos grandes nomes do teatro nacional. Ela tinha 82 anos e estava internada no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, mas a causa da morte não foi divulgada.
O velório foi programado para a noite de ontem, no teatro que leva o nome da artista, na região central. Na manhã de hoje, o corpo deve ser levado para o crematório da Vila Alpina, na zona leste.
Nascida Maria Ruth dos Santos, em 31 de março de 1935, na cidade do Porto, foi deputada estadual em duas gestões, empresária, ativista política, líder feminista, autora de uma autobiografia e militante em tempo integral, além de ter atuado em mais de 30 espetáculos. Chegou ao Brasil aos 15 anos, em 1951. No fim dos anos 1950, já casada com o dramaturgo e filósofo Carlos Henrique Escobar, partiu para uma temporada na França.
Ao retornar, criou sua primeira companhia, o Novo Teatro. Mas o passo determinante para sua consolidação como atriz e produtora se deu em 1964, com a criação do teatro que leva seu nome.
No fim da década de 1960, a atriz produziu e protagonizou alguns dos mais lendários espetáculos já encenados no país, entre eles, “Cemitério de Automóveis” e “O Balcão”. Nos anos 1970, colocou o Brasil no mapa da vanguarda teatral mundial com a criação do Festival Internacional de Teatro.
No início dos anos 2000, recebeu o diagnóstico de que tinha Alzheimer. Aos poucos, distanciou-se da vida pública. Mas ainda teve tempo de lançar, em 2001, um dos seus espetáculos mais controversos, o musical “Os Lusíadas”, superprodução de R$ 2 milhões.