Campanha contra armas nucleares leva Nobel PPaazz
Grupo da sociedade civil vencedor de prêmio é formado por 468 organizações de mais de 100 países
As três mulheres foram premiadas pela luta não violenta pela seguranças das mulheres e por seu direito de participação plena em processos de paz
2010
Ativista chinês foi premiado por sua luta longa e não violenta pelos direitos humanos em seu país
2009
O então presidente dos EUA foi reconhecido por reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre as pessoas
A Ican (Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares) recebeu ontem o Nobel da Paz. A coalizão da sociedade civil, com 468 organizações envolvidas, de 101 países, promove a implementação do tratado internacional que proíbe esses armamentos.
O prêmio coincide com a preocupação em relação ao programa nuclear da Coreia do Norte, ao qual o governo americano tem prometido responder militarmente.
O anúncio também coincide com as discussões sobre o acordo nuclear com o Irã, que os Estados Unidos têm criticado durante a Presidência de Donald Trump.
Berit Reiss-Andersen, que lidera o comitê, disse que o prêmio foi decidido como reconhecimento de “seu trabalho em atrair atenção às consequências humanitárias catastróficas do uso de qualquer arma nuclear”.
O Nobel da Paz é acompanhado de uma recompensa equivalente a US$ 1,1 milhão (R$ 3,4 milhões).
Em 2016, o vencedor do prêmio foi o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pelas negociações de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), na tentativa de encerrar os 52 anos de um conflito que já deixou mais de 250 mil vítimas.
Houve para este ano 318 nomeações, entre elas 215 indivíduos e 103 organizações. O nome desses nomeados, no entanto, é mantido em segredo durante 50 anos.
Entre os favoritos deste ano também estavam incluídos os voluntários sírios da organização Defesa Civil, a ACNUR (Agência das Nações Unidas para os Refugiados), o papa Francisco e o jornalista turco Can Dündar.