Nuzman se licencia dos comitês
Carlos Arthur Nuzman está fora do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Preso de forma temporária na quinta-feira, o ex-presidente da entidade encaminhou a outros integrantes da cúpula uma carta na qual pede seu licenciamento. Em tese, ele pode chegar a 90 dias.
Na carta, ele afirma que é inocente. “Vou defender minha honra e provar minha inocência diante das autoridades constituídas, nomeadamente perante o Poder Judiciário. Vou defender minha honra e provar minha inocência diante dos desportistas do mundo inteiro.”
Dentro do próprio COB, porém, acredita-se que o ciclo do cartola está encerrado. Ele também se afastou do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio-2016.
O afastamento vai evoluir para uma renúncia. Isso deve ser selado quarta-feira, quando presidentes das confederações associadas ao COB estarão presentes na assembleia geral extraordinária no Rio, convocada pelo presidente em exercício do COB, Paulo Wanderley Teixeira.
Renúncia
A eventual renúncia de Nuzman tem de seguir o rito do Estatuto Social do COB. Anteontem, a entidade foi suspensa pelo COI, que congelou verbas que repassa ao órgão brasileiro. A reportagem apurou que o COI exigiu que o COB afaste Nuzman imediatamente. Dirigentes ouvidos acham que Nuzman, para não prejudicar ainda mais o esporte nacional, deveria renunciar já.