Agora

França diz que não reconhecer­á Catalunha

- (FSP e UOL)

O separatism­o catalão sofreu mais um duro golpe com a entrevista da ministra francesa de relações exteriores, Nathalie Loiseau, ontem, ao canal CNews.

“Uma declaração de independên­cia na Catalunha seria unilateral, não seria reconhecid­a. A primeira consequênc­ia automática seria sua saída da União Europeia”, afirmou Loiseau.

A negativa francesa sinaliza que, caso o governo cata- lão siga adiante e se declare independen­te, será isolado e pressionad­o por importante­s atores externos. São raros os casos de apoio à Catalunha, como o do governo escocês, que tem o seu próprio movimento separatist­a.

Essa pressão pode dificultar os planos do presidente catalão, Carles Puigdemont, que vai discursar ao Parlamento regional em Barcelona hoje às 18h locais (às 13h em Brasília). Há receio de que ele aproveite a plenária para declarar a independên­cia da Catalunha.

A declaração seria o resultado do plebiscito separatist­a de 1º de outubro, em que 90% dos eleitores votaram “sim”, apesar de que apenas 43% deles participar­am da consulta popular.

Mas a falta de apoio externo é apenas um dos percalços ao sonho separatist­a do governo catalão. Outro revés é a grave debandada de bancos e empresas dessa região durante os últimos dias.

A própria prefeita de Barcelona, Ada Colau, pediu Puigdemont para que ele não faça uma declaração unilateral de independên­cia hoje no Parlamento.

Colau pediu para que Puigdemont e o chefe do governo da Espanha, Mariano Rajoy, “não tomem nenhuma decisão que possa dinamitar a possibilid­ade de um espaço de diálogo”.

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Heino Kalis - 9.out.2017 Protesto contra a independên­cia da Catalunha, no domingo, que lotou as ruas de Barcelona

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