Buscas por Ulysses ainda são lembradas
O acidente com o ex-deputado federal Ulysses Guimarães, há 25 anos, é lembrança bem real na cabeça de quem ajudou nas buscas pelo corpo nunca achado.
A reportagem conversou com pessoas que acompanharam o resgate dos corpos das outras vítimas. Além do então deputado, estavam no helicóptero a mulher dele, Mora, o casal Severo Gomes e Ana Maria Henriqueta e o piloto, Jorge Comeratto.
O acidente foi em 12 de outubro de 1992, quando caiu no mar o helicóptero em que Ulysses (um dos protagonistas da redemocratização e símbolo da Constituição de 1988) se deslocava de Angra dos Reis (RJ) a São Paulo.
“Os corpos estavam num estado de degradação muito grande, com partes decepadas, mordidos por peixes”, diz Manuel Alceu Affonso Ferreira, 74 anos. Então secretário estadual de Justiça de São Paulo, ele foi um dos comandantes da operação.
“Tenho essa imagem até hoje na cabeça”, afirma o advogado, que se mudou durante dez dias para a região onde a aeronave caiu, perto de Paraty (RJ).
As buscas, de 21 dias, envolveram forças de segurança do Estado, bombeiros, Marinha e Aeronáutica.
Foi perto da praia que Marcelo Moraes Vicintin, então um garoto, viu o corpo de uma das vítimas do acidente, o do piloto.
Atualmente com 35 anos, empresário, ele diz nunca ter esquecido o impacto da visão daquele dia.