Arthur Nuzman renuncia à presidência do COB
Depois de 22 anos no cargo, cartola preso envia uma carta para membros do comitê para anunciar decisão
Preso desde a última quinta-feira, Carlos Arthur Nuzman, de 76 anos, renunciou ontem à presidência do COB (Comitê Olímpico do Brasil).
A saída foi confirmada na assembleia geral da entidade, no Rio de Janeiro. O cartola enviou uma carta para os membros do comitê na qual pediu a renúncia.
Nuzman já havia enviado carta aos remanescentes da cúpula do COB na qual solicitou licenciamento por tempo indeterminado para se defender das acusações de participação em esquema de compra de votos para eleger o Rio sede dos Jogos 2016.
O vice, Paulo Wanderley Teixeira, que desde quintafeira vinha como presidente em exercício do comitê, foi empossado em definitivo.
“O sentimento é de que não é o momento de apontar o dedo, é hora de dar as mãos. O sentimento da comunidade é de lamento, mas o da instituição é de alívio”, disse Wanderley.
Ex-jogador de vôlei com participação na Olimpíada de 1964, em Tóquio, Nuzman se destacou como dirigente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) por 20 anos —entre 1975 e 1995.
Há 22 anos, ele assumiu o comando do COB e ficou à frente da entidade por seis mandatos. Em outubro de 2016, o cartola venceu sua última eleição. O seu novo mandato iria até 2020.
A assembleia geral de ontem também decidiu que haverá eleições para definição de um novo vice-presidente, abaixo de Paulo Wanderley Teixeira, e que uma comissão vai propor mudanças no estatuto da entidade em até 45 dias, prazo estipulado pela Assembleia do COB.