Agora

Pequenos gigantes

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Para países como Brasil, Argentina, Alemanha, Espanha e França, disputar a Copa do Mundo é uma obrigação. Para outros, como Panamá, Islândia e Peru, já pode ser considerad­o um título.

Pela primeira vez, a seleção do Caribe e a equipe nórdica alcançam uma fase final de Mundial. Já o time de Cueva e Guerrero, se passar pela frágil Nova Zelândia, encerrará um longo jejum de 36 anos distante do maior evento esportivo do planeta.

Já é um feito e tanto para quem está mais acostumado a apanhar do que a vencer, como os nossos pequenos e médios clubes do país. O melhor é que, com a emoção da conquista, essas equipes se enchem de coragem e podem acabar surpreende­ndo. Após ter o sonho realizado, o craque da Islândia, Gylfi Sigurdsson, avisou: quer encarar o Brasil, um dos principais favoritos, na Rússia.

O fato é que esses times não têm nada a perder. Assim, podem repetir feitos como os da Coreia do Norte, que bateu a poderosa Itália em 1966, do amador Estados Unidos, que destruiu a soberba inglesa em 1950, e da modesta Coreia do Sul, semifinali­sta em 2002. Comandando o Equador naquele ano, o técnico Hernán “Bolillo” Gómez, principal responsáve­l pela classifica­ção do Panamá agora, protagoniz­ou uma zebra ao derrotar a Croácia e, consequent­emente, tirar os europeus das oitavas de final.

Clubes como Aston Villa, Estrela Vermelha, Steaua Bucaresti, Once Caldas e Argentinos Juniors já foram campeões continenta­is e ensinaram que é possível atropelar potências e sonhar alto. Mesmo no Paulistão, Inter de Limeira, Bragantino, Ituano e São Caetano superaram o forte quarteto Corinthian­s, São Paulo, Palmeiras e Santos para levantar a taça.

Sorte aos pequenos gigantes no Mundial.

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