Papa pede ânimo na luta contra egoísmo ccoorrrruuppççããoo
Discurso de 6 minutos em homenagem a Nossa Senhora foi transmitido na área externa do santuário
Aparecida O papa Francisco disse, em discurso transmitido em telões ao público de Aparecida (180 km de SP), que os brasileiros não devem deixar se “vencer pelo desânimo” e que o amor é mais forte que a corrupção.
O discurso ocorreu ontem, feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida. Os católicos comemoram neste ano o jubileu de 300 anos do encontro da imagem da Santa.
O vídeo foi gravado no Vaticano. A mensagem foi transmitida no início da missa campal, na manhã de ontem, na área externa do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
Em seis minutos, o papa buscou transmitir esperança aos fiéis. “A esperança é a virtude que deve permear o coração dos que creem, sobretudo quando ao nosso redor as situações de desespero parecem querer nos desanimar”, afirmou. “Não se deixem vencer pelo desânimo”, disse o papa, que repetiu a frase e pediu aos fiéis: “Confiem em Deus”.
“O Brasil hoje necessita de homens e mulheres cheios de esperança e firmes na fé, que deem testemunho de que o amor manifestado na solenidade e na partilha é mais forte e luminoso que as trevas do egoísmo e da corrupção”, afirmou o papa.
Francisco também disse que o cristão precisa manter o otimismo sempre. “Que o singelo sorriso de Maria que conseguimos deslumbrar em sua imagem seja fonte do sorriso de cada um de vocês diante das dificuldades da vida, o cristão jamais pode ser pessimista.” O papa também tentou explicar o motivo pelo qual não foi ao jubileu dos 300 anos —ele chegou a manifestar a intenção de comparecer pessoalmente quando esteve em Aparecida, em 2013. “A vida de um papa não é fácil”, explicou o Santo Padre, no vídeo.
Em seu nome, o papa enviou o representante do Vaticano no Brasil, dom Giovanni Battista Re. O líder da Igreja Católica também endereçou um presente a Aparecida: uma rosa de ouro, exibida na missa ao lado de uma réplica de Nossa Senhora Aparecida. O presente é tradição que ele concede a santuários e personalidades católicas.