‘Minha arma não é fugir’
É num sobrado simples em Cananeia, no litoral paulista, que o italiano Cesare Battisti espera seu futuro ser decidido em Brasília.
A tranquilidade da vida que leva na cidade de 12 mil habitantes foi interrompida há pouco mais de uma semana. Detido numa viagem à fronteira com a Bolívia (prisão que ele diz ter sido fraudulenta), foi considerado fugitivo e viu pressões para que seja extraditado.
“A minha arma para me defender não é fugir. Estou do lado da razão, tenho tudo a meu lado”, disse.
A trama se arrasta em solo brasileiro desde 2004, quando o ex-militante de extrema esquerda acusado da morte de quatro pessoas chegou ao país. Ele nega a autoria. O esforço da Itália para repatriá-lo e fazê-lo cumprir a condenação à prisão perpétua, no entanto, nunca cessou.