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Sabedoria infantil

Em cartaz, longa “A Menina Índigo” fala sobre uma geração de crianças especiais, que desafia pais e escolas

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O cineasta Wagner de Assis, diretor do longa “Nosso Lar” (2010), conta que estava há tempos querendo criar uma história que explicasse mais sobre as crianças Índigo, uma geração que já nasce mais criativa, cheia de dons e, principalm­ente, mais sensível às dores do mundo. Com o filme “A Menina Índigo”, em cartaz nos cinemas, ele cumpre essa missão.

A história é centrada na menina Sophia (Letícia Braga), filha de Luciana (Fernanda Machado) e Ricardo (Murilo Rosa). O casal vive separado, e Sophia começa a apresentar problemas na escola. Se, por um lado, a garota toca os amigos e familiares com a sua sensibilid­ade, por outro é vista como hiperativa e desatenta.

Sua brincadeir­a preferida é pintar tudo o que vê pela frente, não só telas, mas também as paredes e os móveis da casa. “Esse tema é importante, porque vemos que os pais, pedagogos e psiquiatra­s não estão sabendo lidar com essas crianças. Por isso, o número de medicação infantil cresceu tanto”, conta Wagner de Assis.

Com 12 anos, a atriz Letícia Braga conta que adorou atuar no filme. “Foi muito maravilhos­o. Eu sempre fui sapeca, gostei de me sujar, de me pintar, pintava parede, fazia bagunça”, diz a menina. Para o filme, ela realmente aprendeu a pintar com uma artista plástica.

A cada pintura nova que faz em cena e a cada mensagem que passa para seus pais no longa, Sophia emociona. “Não há quem seja pai, tio ou avô que não seja tocado por essa história. Não importa se seu filho é Índigo ou não, o importante é criálos com amor”, diz Assis.

Na história, o personagem de Murilo Rosa ajuda a levantar questionam­entos. “O Ricardo diz que talvez sejamos pais ocupados demais, ateus demais e estejamos precisando nos reeducar antes de educar essas crianças”, destaca Assis.

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