Meninas podem ter sido mortas por pessoa
Polícia não sabe se houve assassinato ou acidente. Corpos de crianças estavam em um Fiorino roubado
As duas crianças de três anos encontradas dentro de um Fiat Fiorino, anteontem, na favela do Jardim Lapena, em São Miguel Paulista (zona leste de SP), podem ter sido mortas por alguém próximo ou até mesmo um morador do local, segundo a polícia.
Essa possibilidade é apurada porque nenhum morador viu pessoas estranhas entrarem no local ou alguma anormalidade desde o desaparecimento das meninas.
Adrielly Mel Severo Porto e Beatriz Moreira dos Santos estavam desaparecidas desde a tarde do dia 24 de setembro, quando brincavam. Elas eram vizinhas.
As meninas foram achadas a 150 metros de suas casas após os vizinhos sentirem mau cheiro que vinha de um terreno abandonado. No local, encontraram as meninas dentro do carro.
Segundo a polícia, o veículo estava com as duas portas da frente trancadas e as de trás destravadas. Uma das crianças estava atravessada perto da divisão entre os bancos da frente e o baú. Ela estava com roupa e com uma perna um pouco levantada.
Já a segunda criança estava do lado contrário e com a cabeça mais próxima da porta. Ela não estava com blusa e usava uma calça. Apesar de as famílias terem reconhecido as roupas, a confirmação da identidade será comprovada somente após o resultado do exame de DNA.
Os corpos estavam em estado avançado de decomposição e a causa da morte será revelada após os resultados dos exames necroscópicos. A polícia não descarta a hipótese de que as garotas tenham sofrido violência sexual. Entretanto, foi solicitado exame sexológico para ter essa confirmação.
Acidente
Outra possibilidade apurada pela polícia é a de que as meninas tenham entrado no veículo para brincar e não tenham conseguido sair. “Não dá para afirmar se houve crime ou acidente. Vai depender dos laudos. Talvez entraram dentro do carro e ficaram presas”, disse a delegada Ana Lúcia.
O veículo foi roubado em Guarulhos (Grande SP) em 2013. Segundo moradores, estava no terreno havia dois meses. A polícia tenta identificar o dono do terreno. O caso está no DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa).