Incêndios em Portugal e na Espanha deixam 36 mortos
Portugueses voltam a sofrer com florestas em chamas quatro meses depois de 64 pessoas morrerem
Uma nova série de incêndios florestais deixou pelo menos 32 mortos nas regiões do Centro e do Norte de Portugal. Na vizinha Espanha, fogos também provocaram quatro mortes.
Segundo autoridades portuguesas, uma das vítimas é um bebê de um mês de idade que estava desaparecido na cidade de Tábua, localizada cerca de 200 km ao norte de Lisboa.
Clima seco e ventos fortes ajudaram a espalhar as chamas. Segundo a Defesa Civil portuguesa, o domingo registrou a maior quantidade de incêndios em todo o ano, com 524 ocorrências.
Até a tarde de ontem havia o registro de 110 focos de incêndios florestais.
Além dos mortos confirmados, há pelo menos 51 pessoas feriadas, sendo 15 em estado grave.
A região de Coimbra, no centro de Portugal, foi uma das mais afetadas.
Como ainda há diversas localidades onde as chamas ainda estão descontroladas, é possível que haja ainda mais vítimas.
“Estamos chegando a áreas afetadas, há pessoas com quem os parentes não conseguiram entrar em contato. É possível que haja zonas que não tenham sido completamente reconhecidas”, disse Patrícia Gaspar, porta-voz da Proteção Civil.
Em todo o país, há mais de uma dezena de estradas fechadas devido ao fogo descontrolado. Em uma delas, a chama chegou a destruir as cabines de pedágio.
A nova tragédia ocorre quatro meses após uma outra sucessão de incêndios de grandes proporções ter deixado 64 mortos e mais de 200 feridos em Pedrógão Grande e regiões vizinhas, também no centro.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, cancelou toda a sua agenda até amanhã para se dedicar a reuniões de emergência sobre os incêndios.