Justiça barra filme da Chape
O juiz Marcos Bigolin, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, aceitou pedido da Chapecoense e determinou a interrupção da veiculação do documentário “O Milagre de Chapecó”, produzido pela produtora uruguai Trailer LTDA. Segundo o Bigolin, há indícios de que a produtora não agiu conforme o combinado com a Chapecoense.
A Chape diz que tomou conhecimento da exibição do documentário após ser alertada pela viúva de um dos atletas do clube. A mulher estava em um cinema em São José (SC) quando viu o trailer do documentário.
No processo, o time catarinense alega que contratou a Trailer para a produção de um documentário, mas que a empresa descumpriu dois tratados: de não abordar o acidente e de apresentar o conteúdo do vídeo ao clube antes do lançamento oficial.
Segundo a Chape, a pro- dutora foi contratada para abordar a ascensão do clube no período antecedente ao desastre aéreo, que matou 71 pessoas, em novembro do ano passado. A tragédia não seria abordada.
“O objetivo era contar a história da Chapecoense, com ênfase na façanha esportiva anterior ao acidente aéreo no qual 71 pessoas perderam a vida e na coragem para reconstrução do clube, justamente por não compactuar com a utilização sensacionalista do fatídico episódio”, diz o clube. A produtora não foi notificada judicialmente e, até a conclusão desta edição, não se manifestou.