Saiba pagar a contribuição que garante aposentadoria
Segurados que estão na informalidade devem escolher o melhor plano e seguir com as contribuições
O número de pessoas trabalhando por conta própria não para de crescer. Em 2016, eram 22,5 milhões de brasileiros nesta situação e apenas 4,2 milhões estavam formalizados, segundo pesquisa do IBGE.
Para garantir direitos previdenciários, esses trabalhadores precisam oficializar sua situação e pagar as contribuições ao INSS. O Agora mostra hoje qual é o melhor tipo de contribuição e como fazer os pagamentos para não perder a aposentadoria.
Para quem trabalha por conta própria, a Previdência tem alguns planos de pagamento que dão garantias diferentes. Mas é preciso analisar a renda mensal e que tipo de aposentadoria o segurado quer pedir antes de escolher a opção mais adequada.
O plano simplificado permite que o segurado faça recolhimentos mensais de 11% sobre o salário mínimo, o que dá hoje em R$ 103,07. Essa contribuição dará direito a todos os benefícios do INSS, menos a aposentadoria por tempo de contribuição.
Essa opção pode não ser a mais vantajosa para quem sempre recebeu salários altos, pois poderá reduzir a média salarial na hora do cálculo da aposentadoria.
No plano normal de contribuição, o segurado paga 20% sobre a renda. O valor varia de R$ 187,40, para quem ganha o mínimo (R$ 937), a R$ 1.106,26, para quem ganha o teto (R$ 5.531,31). Esses recolhimento entram no cálculo da aposentadoria por tempo contribuição.
Na hora da decisão, o segurado deve ponderar duas coisas. Caso queira manter uma renda mensal próxima ao salário atual, deve continuar fazendo pagamentos mais altos, orienta o advogado Rômulo Saraiva. “Como existem os benefícios por incapacidade, é sempre seguro e recomendado pagar o máximo possível”, diz.
Porém, se já acumula muitos anos de contribuição ao INSS, o segurado pode pagar menos por um período. Isso porque, diz Saraiva, os 20% menores salários serão descartados na aposentadoria.