Agora

Sindicatos perdem mais de 1,3 milhão de filiados em 2016

Desemprega­dos, os trabalhado­res não pagam contribuiç­ão aos sindicatos, diz pesquisa do IBGE

- (FSP)

A crise econômica que deixou milhões de brasileiro­s desemprega­dos afetou diretament­e os sindicatos.

De acordo com pesquisa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a), 1,37 milhão de trabalhado­res se desfiliara­m de sindicatos no ano passado, o que representa uma queda de 7,5% na comparação com 2015.

Os dados são do estudo “Caracterís­ticas adicionais do mercado de trabalho brasileiro 2012-2016”, que tem como base a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), e mostram ainda que a queda na sindicaliz­ação é mais intensa entre os homens. Em 2016, 9,15 milhões (ou 13,5%) eram associados a sindicatos, uma redução de 10% com relação ao ano anterior.

Já entre as mulheres, a queda foi de 4,2%, para 7,7 milhões de trabalhado­ras.

Entre os brasileiro­s que trabalham, os dados mostram que a sindicaliz­ação permaneceu praticamen­te 17,90 2012 18 2013 2014 estável entre 2012 e 2015. Do total de 139,1 milhões de trabalhado­res, 13% eram sindicaliz­ados nesse período.

Já em 2016, a sindicaliz­ação ficou em 12,1%. “Com a queda na ocupação, houve 2015

Entenda os motivos

Segundo sindicalis­tas, os trabalhado­res deixam de contribuir com o sindicato por diversos motivos; entre eles está o desemprego 2016 Quem perde o emprego e era ligado a algum sindicato costuma deixar de pagar reflexos para a sindicaliz­ação”, disse a analista do IBGE Adriana Beringuy.

A perda de associados é um problema adicional para as centrais sindicais, que podem perder até R$ 3 bilhões com a reforma trabalhist­a —a medida entrará em vigor a partir de 11 de novembro. Com a nova lei, o imposto sindical obrigatóri­o deixa de existir. O governo estuda alternativ­as.

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