Agora

Doria atrasa distribuiç­ão de leite para 208 mil ccrriiaann­ççaass

Programa que deveria atender crianças pobres que estão fora da escola ainda não começou

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Ao mesmo tempo em que anunciou o uso da farinata, farinha feita de produtos perto do vencimento, para reforçar a merenda escolar, a gestão João Doria (PSDB) ainda não começou a distribuir leite para cerca de 208 mil crianças que estão fora da rede municipal e em situação de vulnerabil­idade social.

No início do ano, Doria tirou do programa Leve Leite alunos maiores de 7 anos e, entre os que tem até 6 anos, somente os mais pobres continuara­m com o benefício.

O objetivo do corte, segundo a prefeitura, era estender o benefício para crianças de até 6 anos que estivessem fora da escolas, cujas famílias tivessem renda de até R$ 2.811 e estivessem ativas no Cadastro Único, que centraliza os programas sociais.

A promessa era começar a atender 208 mil crianças de até seis anos em vulnerabil­idade social no segundo semestre deste ano. Isso porque, em março, a prefeitura disse que precisava de 120 dias para publicar portaria com as novas regras, o que deveria acontecer em julho. Porém, até agora nenhuma criança fora da rede de ensino recebeu o leite.

Pela proposta, crianças não matriculad­as de 4 a 12 meses deveriam receber 2 kg de fórmulas infantis por mês e as que têm entre 1 e 6 anos deveriam receber 2 kg de leite em pó integral por mês.

Já as crianças matriculad­as de 4 a 12 meses recebem, desde o início do ano, 1,2 kg de fórmula infantil por mês e os que têm entre 1 e 6 anos, 1 kg de leite em pó ao mês.

Antes da mudança, o Leve Leite beneficiav­a todos os alunos da rede, de 0 a 14 anos. No ano passado, 916,2 mil estudantes receberam o benefício. Agora, o programa deveria atender 431,7 mil crianças, uma redução de 52,9%. Esse número inclui os 223,2 mil alunos municipais e as 208,4 mil crianças pobres fora da escola. A mudança geraria uma economia de 55% nos R$ 330 milhões previstos para o programa.

 ?? Rivaldo Gomes/Folhapress ?? A desemprega­da Vone Sousa Moraes, 35 anos, com os filhos Láiza e Davi, em sua casa, no Jardim Jaqueline, zona oeste; ela ainda aguarda a distribuiç­ão do leite prometida pela gestão Doria para o segundo semestre
Rivaldo Gomes/Folhapress A desemprega­da Vone Sousa Moraes, 35 anos, com os filhos Láiza e Davi, em sua casa, no Jardim Jaqueline, zona oeste; ela ainda aguarda a distribuiç­ão do leite prometida pela gestão Doria para o segundo semestre

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