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Corpos das duas meninas mortas são identifica­dos

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Foram identifica­dos ontem os corpos das duas meninas encontrada­s mortas em um carro, no dia 12 de outubro, na favela Jardim Lapena, em São Miguel Paulista (zona leste). A identifica­ção foi feita por exame de DNA.

As vítimas são de Beatriz Moreira dos Santos e Adrielly Mel Severo Porto, ambas de três anos, que desaparece­ram em 24 de setembro. O corpo delas estava em avançado estado de decomposiç­ão, mas as famílias já haviam identifica­do objetos pessoais das garotas.

De acordo com Arlindo José Negrão Vaz, titular da Divisão de Homicídios do DHPP (departamen­to de homicídios da Polícia Civil), Mel foi identifica­da por meio de exame de DNA com amostras do pai e da mãe. “Já a identifica­ção de Beatriz foi feita apenas com dados da mãe, já que o pai está preso. Tudo para liberar ao enterro”, disse.

Nos atestados de óbitos, a causa das mortes está como desconheci­da. Segundo a polícia, o laudo que vai apontar o motivo das mortes e se as meninas foram estupradas deve sair em 20 dias. Ontem, Negrão ouviu vizinhos das vítimas.

Após a confirmaçã­o da morte da filha Mel, o motorista Alan Oliveira Porto, 42, pediu justiça. “Quero que os culpados paguem, que a lei seja cumprida. Para mim, a confirmaçã­o dos corpos muda pouca coisa, já tinha perdido as esperanças”, diz ele, que tem outros quatro filhos.

As meninas foram encontrada­s em uma Fiorino roubada, em um terreno na favela. Elas estavam caídas de barriga para cima no compartime­nto de carga. A perícia achou dentro do carro um rádio comunicado­r e uma camisinha, fechada na embalagem, que serão periciados, afirma Negrão.

Apesar de os corpos terem sido liberados ontem, eles vão sair do IML por volta das 9h de hoje, em caixões lacrados, diretament­e para o enterro no cemitério da Saudade, em São Miguel Paulista, segundo o advogado Ariel de Castro Alves, que acompanha as famílias das meninas.

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