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Samarco usa acordo com União para ser absolvida de crimes

- (FSP)

Mariana (MG) A mineradora Samarco defende que medidas reparatóri­as que tomou após sua lama de rejeitos destruir 650 km de ecossistem­as, inclusive um acordo com o governo federal, justificam a absolvição da empresa por parte dos crimes ambientais aos quais responde em ação penal.

O argumento foi usado pelos advogados à Justiça Federal em Ponte Nova (MG), onde tramita o processo criminal contra a Samarco e suas do- nas, Vale e BHP Billiton. Elas respondem, juntas, por 12 crimes ambientais.

Segundo a defesa da Samarco, as medidas adotadas para mitigação e reparação dos danos ocorridos com a tragédia “apontam para a mais completa ausência de quaisquer critérios válidos de atribuição ou constataçã­o de um sentido delitivo intrínseco aos crimes de administra­ção ambiental”.

Entre as medidas adotadas, a Samarco cita o acordo com a União, que não é homologado pela Justiça, e a criação da Renova, fundação bancada pela empresa e suas donas para arcar com o ônus da reparação de áreas destruídas e pagamento de indenizaçõ­es.

Procurada, a Samarco disse que não comentaria. Já a Vale “reitera que jamais foi a gestora da Barragem de Fundão, estrutura de propriedad­e e sob controle operaciona­l próprio e exclusivo da empresa Samarco”.

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